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Campos dos Goytacazes, Quinta, 02 de Maio de 2024

"A possibilidade de existir relação com a atividade profissional causa grande preocupação à OAB", diz Luciano Bandeira em coletiva de imprensa sobre assassinato de advogado

Biah Santiago


28/02/2024 11h58

Nesta terça-feira, dia 27, a Presidência da OABRJ franqueou a sede da Seccional a uma entrevista coletiva à imprensa com os secretários de Segurança Pública do estado, Victor César dos Santos; e de Polícia Civil, Marcus Amim, sobre o assassinato do advogado Rodrigo Marinho Crespo. 

O procurador-geral de Justiça do estado do Rio de Janeiro, Luciano Mattos, informou hoje ao presidente da OABRJ, Luciano Bandeira, que o caso já foi encaminhado a uma promotoria de Justiça de Investigação Penal e já tem um promotor designado. 

O crime ocorreu ontem, segunda-feira, dia 26, nos arredores do prédio da sede da OABRJ, na Avenida Marechal Câmara, em frente ao prédio onde o colega mantinha o escritório do qual era sócio-fundador. 

 

“A possibilidade de existir relação com a atividade profissional causa grande preocupação à OAB. Queremos, em primeiro lugar, garantir a segurança dos advogados e advogadas que estão atuando em seus processos judiciais”, afirmou o presidente, que esteve ao lado da vice-presidente da OABRJ, Ana Tereza Basilio, e da presidente da Caarj, Marisa Gaudio. 

“A ansiedade da Ordem dos Advogados é em relação à descoberta dos mandantes, dos executores, e também se há essa relação (com a atividade profissional da advocacia). É um crime que não pode ficar impune, pois afeta a instituição, a advocacia e quando se atinge a advocacia, se atinge o próprio Estado democrático de Direito. Confiamos que será solucionado e continuaremos acompanhando a evolução do caso”.

Amim declarou não descartar quaisquer hipóteses de motivação do crime a esta altura. 

“Pelo simples fato de ter sido onde, como e no horário como foi, já configura um crime que desafia o Estado. Mas, se houver qualquer confirmação de que há ligação com atividade da advocacia, será considerado um crime contra o Estado democrático de Direito”.

O secretário estadual de Segurança Pública, Victor César dos Santos, ressaltou que não se deve estender ao  profissional da advocacia as acusações que pesam sobre seus clientes. 

 

“É nosso compromisso oferecer segurança a todos e dar respostas à OAB, à advocacia e à sociedade, principalmente se houver indícios de que este crime tem relação com a atividade da advocacia, profissão tão importante para o sistema jurídico”, declarou o secretário.

“O trabalho dos agentes policiais está sendo feito desde as primeiras horas, e não tenho dúvida de que os autores serão responsabilizados”.


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